Um coração partido derrama
Seu brilho morto de porcelana
Como um vaso quebrado
Doce vinho obscuro
O dia ja foi sepultado
Se espalha pelas estrelas
Absinto negro
Um lindo véu preto
O silencio fatal

Há no céu uma ruina
Nos jardins da neblina
No vazio a caminhar
Eternamente partindo
Aonde a estrada levar
Aonde os pesadelos já nao ecoam
As horas nao voam
Ja puseram-se a não contar

Nos oceanos um coro
Ecoa no vazio
No rastro o fantasma de um choro
Que quase me foi de matar
O som das ondas...
O baile das sombras
Já não respiro mais
Sem precisar mentir
A máscara se desfaz
Como pó ao vento
Um fantasma do tempo...
Sete palmos
