Ouça no Silencio...

Ouça no Silencio...
Os sussuros da Escuridão

Anjo...

A noite pousa sobre seus ombros
O silêncio embriaga seus sonhos
Durma bem meu anjo
Preciso levar sua alma
Para que ela conheça os vales
Onde para sempre irá habitar

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Inverno Eterno

Portões negros
Estão fechando os céus
O horizonte envia ventos frios
As luzes estão apagadas
Será uma bela noite
Sem ver as estrelas outra vez
Nenhuma luz desce dos céus
Não posso mais subir
Acho que vai chover








Lágrimas lavam a dor
Não posso sair
Ninguem irá passar
Até mim
Pelas cortinas de água
Pelo céu fechado...
A chuva cai e...











Quem faz o céu nao queimar seus olhos?
Quem canta mais alto que a dor?
Ela desenha a lua no chão quando é noite
Lavando o sangue do amor
Minha alma chora lágrimas na chuva
Leve o sangue até o chão
Eu te amo
Minha trilha ao céu











Eu sei que você está do outro lado da cortina
Minha bela
Através da parede cristalina de lágrimas da noite
Você quer me tocar?
É frio agora
Um abraço nunca seria tão quente
Mas você precisou partir
O inverno te trancou ai
Atrás da neblina
E a chuva me diz que você ainda respira












Quando chove
Posso ver a lua refletida no chão também
Quem faz o céu nao queimar seus olhos?
Quem canta mais belo que a dor?
A lua está no chão também quando é noite
Sou o fantasma perdido na chuva
Labirinto de lágrimas
Preso entre as gotas
Distorcendo as colinas ao longe















Estão os anjos chorando nossa tragédia?
Estão as montanhas soprando outra vez?
O som do vento
Me lembra o vazio por dentro
A cançao da chuva
Faz meu coração bater
Porque só as gotas desenham meu sorriso?
Que minha dor se enterre no chão
Sendo lavada, indo junto com essa chuva
Que tanto brilha
Minha pele estará moldada na neblina
Como um fantasma estarei na janela para te ver
Toda vez que chover

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Além

Carrega este tesouro, precioso
o Guarda bem em tuas mãos
Voe com ele pelo vento através do vale
Por trás dos sonhos
Voe mais alto pela escuridão
Quanto mais além a noite se erguer
Sete palmos acima das nuvens mortas
Entre as gotas da chuva fria
Corre entre o mármore que enterra as almas














Veleja sobre o mar das águas mais escuras
Em um navio assombrado pelo frio
Pelos horizontes mais afogados em brumas
Pelos pontos mais negros que encontrar no relógio
Do oceano da madrugada
Veleja, o mais longe que puder
Além da ultima estrela
Até a praia mais distante
Após o pesadelo mais inquietante
Onde eu não possa mais te ver















Onde o silencio canta
A escuridão em sinfonia dança
Com a floresta sob a luz da lua
E as ondas quebram
Contra as pedras
Espalhando pelo vento
Os Salpicos suaves do mar
Com o gosto de lágrimas
Que fazem pele e alma congelar














Sob a meia noite enterra meu tesouro
Sete palmos no chão
E me traz a chave
Do baú onde tranquei meu coração

domingo, 14 de novembro de 2010

Durma bem meu Anjo

É tudo tão calmo aqui
O vento frio vem me encontrar
Quando as noites que mais amei
Caem sobre meu tumulo
E o vento canta o silencio
É grandioso ouvir a chuva cair...



















Lembra?
Aquelas que traziam o céu nublado
Aquelas que eu sentia em meu sangue
As arvores são tão lindas no outono
As folhas mortas caem tão lentamente
E sua leveza ultrapassa o chão
Vindo me beijar

















Lembra aquele vale que sonhávamos?
Consegue me sentir quando as luzes caem?
Não abra os olhos meu amor
Você pode sentir minha respiração?
Não abra os olhos, eu posso sumir
Apenas me encontre
Sempre que dormir















Ou concentre-se em sentir
A noite fria em suas entranhas
Nisso que se transformou meu abraço quente
Preciso partir...
Só...durma bem meu anjo...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Anjo de Pedra

Se todas as penas...
o vento nao houvesse levado
eu teria feito..
Asas sem ser de pedra
Mas estas por mais que eu nao voe
o tempo nao quebra
Se meu coraçao, o tivesse guardado
Estaria enterrado aonde eu pudesse sentir
Algo sem ser sua falta
Se a base fria... nao prendesse meus pés
Ele estaria, em sua respiraçao
Eu voaria... até você
Nem que voce partisse
Do meu coraçao, poderia sair
Só antes de ir...
Esculpe-me olhos virados para o céu
Olhos abertos para que eu sonhe
Veja além do véu
Que cobre o horizonte com o negro
Quando a noite está caindo
Olhando pra cima nao te verei partindo...
Olhos abertos para as lágrimas terem por onde fugir
O meu rosto sério ou sorrindo
Mas insisto, tente ouvir minha voz
Quando a chuva estivr caindo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Meu Anjo

Perdão meu anjo

Pelo meu beijo que corrompeu

O que contaminava minha alma

De minha boca escorreu

Se esfriei teu coração
Perdão, meu anjo, perdão

Pelas sombras que te mostrei

O veneno que te dei

Por te trazer aqui














Apresentamos um mundo que

Sim é belo, mas apenas observe

É tentador o abismo

Tão doce o veludo negro, tão incríveis as sombras
Lindas dançarinas da escuridão

Mas que a sinfonia da lua

Que seus pés ao tocar, suaves, nuvens negras

Não te guiem para baixo do chão














Não caias meu anjo

Segure-se em mim e observe
Te roubarão as asas
Se não já o fizeram

E voamos com as minhas...

Por nossa queda esperam

Se reavesse as tuas?
O horizonte nos traríamos

Pensa no quão longe iríamos

Preciso saber se queres

Irei sorrir quando vieres














Então te estendo minha mão

E antes que meu pulso se rompa e meu sangue se esvaia

Segure-a e voaremos juntos

Eternamente apreciando teus olhos risonhos

Eternamente fazendo-te parte de sonhos

Então...te estendo a mão


















Não te vá meu anjo

Aqui agradaria teus cabelos para sempre,

Daqui posso ver seu sorriso

Eleva-te aos meus braços

Não querias ser feliz?
Aprendestes a amar a dor?
















Não deixa que invadam sua beleza

O negro e o frio

Vê em meu rosto o anseio por tua presença

Serei belo, de asas abertas te mostrarei mais mundos
Que estão acima de nós

Então quero te puxar pela mão

Mas te sinto escorrer pelos meus dedos

Não insista em dizer não

Como terra que cai cada vez que cavo

Fere-me te ver partindo















Não fique ai,

Procure o que existe dentro se sua alma

Já parou para olhar nos seus olhos?

Sei que dentro do seu coração

Alguma chama ainda dança

E se não encontrar nada,

Procure em meu olhar

Se renda a nossa esperança

Tentarei te trazer de volta

Custe o que custar

Darei parte da minha vida

Olhe para mim...


Ao nosso redor os que voam

Atiram-nos lanças

Puxam-me para longe de ti

Puxam-te para longe de mim

Esperam-nos cair

Ao nosso redor, pouco é verdadeiro

Veja apenas nossas almas

Faz de minha presença teu lar

Qualquer um te deixaria

Mas eu não

Nunca iria

Se me deixasse ficar

















Então me veja aqui te esperando

E saiba que te quero espero não te ver chorando

Abrace-me, meu lindo anjo





terça-feira, 13 de julho de 2010

Assombração

Noite de festa no Castelo

O luar à noite fria se torna belo
Assistiamos o vidro abater gotas de chuva na janela
A melodia sinistra do piano
Contrastava com os gritos do trovão














Convidei-a para dançar, ela aceitou

Dançávamos entre os outros quando...

Toda luz se apagou

Vimos brilhar novamente os relâmpagos

No horizonte cresceram mais intensos

E nos intervalos de claridade

Em uma valsa de luz e sombras

Sonho e realidade

Encontrei-me de repente sozinho

Entre ruínas dançando a melodia da noite

Abraçado com o frio














Procurei entre as pedras escuras minhas antigas companhias

Mas nenhuma delas encontrei

À Deus, a razão questionei

Lembrei-me que ela chorava

Memórias confusas invadiram minha mente

Chorava porque me amava

Mas nao podia comigo viver

Chorava e tinha medo de me fazer sofrer






















E de repente ao meu redor
Entrando pelos meus olhos a visão que tive
De tudo acabado me fez percerber
Que há séculos meu corpo já deixou de viver
Sinto-me amaldiçoado, preso nesse sonho
Eternamente dançando com a única que me fez sentir amor
E em alguns momentos sabendo que estou sozinho
Os momentos que me sinto vivo
São ilusões com quem amei na vida com tanto ardor




















Quando troveja no céu, a luz me faz ver
Viver novamente aquele baile
Em que me senti fora do mundo
E agora que o mundo deixei
A escuridão vem
Volto a minha verdadeira realidade
A morte era meu modo de viver
E esse amor que atravessou minha carne
Inundando minha alma
Continua em minha essencia
E estou preso nesta terra
Arrastando correntes de lembranças
Mas não sei porque






















Minha amada já não tem mais vida
Lembro-me de quando seu amor me fez renascer
Quando eu menos pude imaginar
Infortúnios inimaginaveis ousaram me tirar
A vida que eu estava sentindo
Surgir em meu espírito, emergindo...

E com o choque de minha amada perder
Acho que meu corpo passou a crer
Que ele era inabitado, sem alma
Estou eternamente preso nesta noite calma
E por breve momentos
Sinto seus lábios tocarem os meus
Quando meia noite está escrito no céu
Quando encontro-me no breu
Posso sentir novamente o amor
Que foi minha respiração em vida
E em morte me amaldiçoou.
Deus, nao quero deixá-lo
Não posso sair...
Deixe-me dançar outra vez amanhã
Não deixe aquela noite ir
Me resta chorar agora
Até que mais séculos se passem
E tudo se for
Não me resta mais nada
Só me resta o amor...





















(White Wolf/ Renato Rocha)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Luas e Brumas

Amou-a desde que era dia
E o sol incandescia
Escondendo seu alvo brilho
Quando ela estava perto ou distante
Sempre a sentir sua presença em seu sangue...
Foi um lindo despertar para amá-la quando anoiteceu...
O céu escureceu
Transformando tudo em um horizonte escuro e pequenas estrelas distantes
Sua amada lua tomara sua forma mais bela e brilhante
Presenteando sua alma, com a suave luz de uma perfeita amante
Sonhada, ideal e desejada.



















Esquecia-se do próprio mundo
Quando ela surgia
A paz indiscritivel dos confins da escuridão emergia
E inundava sua alma em um sorriso inabalável
Em um olhar cheio de brilho e inexplicável
Um amor tão grande por sua presença
E uma vontade absoluta de viver
De conhecer a formula da eternidade
Para que nenhum momento junto dela jamais acabasse


















Então as brumas vieram
E em um anoitecer sem ela
Ficava claro nos olhos dele...
E no espírito
Que todos os crepúsculos
O envolviam em agonizante frio
Por lembrarem aqueles abraços
Por entalharem em sua alma todos aqueles traços
Que os demônios o tiraram
E nada deixaram
A não ser que ele assistisse o apagar das marcas daqueles passos














Sem um céu para olhar
Sua alma cava
Covas profundas onde ela estava
Em seu coração
Para encontrá-la enterrada
No passado congelada
E devorar seus pedaços
Para reatar os laços
















Agora ele a observa
Distante...
Desaparecendo em suas memórias escuras
E sente seu mundo presente ser devorado
Pelas sombras do vazio e sem sentido
Porque apenas no passado ele se sentia vivo















O que mais o fere... Ao ter seu ultimo suspiro
É que nunca voltarão a ser o que eram
Senti seu sangue vivo, porém gélido
Quando minhas presas fincaram suaves em seu pescoço
Diante dos meus olhos passaram-se cada dia que ele recebeu a prova
De que ela ficará para sempre assim sem surgir em seu céu
Eternamente lua nova
















E mais uma história conheci, de corações partidos.
E vidas de sentido perdido, porém seu sangue agora corre em minhas veias
Em meu corpo amaldiçoado fazendo-me caminhar vivo
Esperando ler o próximo triste livro
E estarei eternamente assim...
Compartilhando essa dor sem fim
Vagando em eterno silencio
Com a tristeza de um romance arruinado no coração
Ouvindo para sempre os sussurros da escuridão.

We Are The Fallen- Tear The World Down