Ouça no Silencio...

Ouça no Silencio...
Os sussuros da Escuridão

Anjo...

A noite pousa sobre seus ombros
O silêncio embriaga seus sonhos
Durma bem meu anjo
Preciso levar sua alma
Para que ela conheça os vales
Onde para sempre irá habitar

terça-feira, 13 de julho de 2010

Assombração

Noite de festa no Castelo

O luar à noite fria se torna belo
Assistiamos o vidro abater gotas de chuva na janela
A melodia sinistra do piano
Contrastava com os gritos do trovão














Convidei-a para dançar, ela aceitou

Dançávamos entre os outros quando...

Toda luz se apagou

Vimos brilhar novamente os relâmpagos

No horizonte cresceram mais intensos

E nos intervalos de claridade

Em uma valsa de luz e sombras

Sonho e realidade

Encontrei-me de repente sozinho

Entre ruínas dançando a melodia da noite

Abraçado com o frio














Procurei entre as pedras escuras minhas antigas companhias

Mas nenhuma delas encontrei

À Deus, a razão questionei

Lembrei-me que ela chorava

Memórias confusas invadiram minha mente

Chorava porque me amava

Mas nao podia comigo viver

Chorava e tinha medo de me fazer sofrer






















E de repente ao meu redor
Entrando pelos meus olhos a visão que tive
De tudo acabado me fez percerber
Que há séculos meu corpo já deixou de viver
Sinto-me amaldiçoado, preso nesse sonho
Eternamente dançando com a única que me fez sentir amor
E em alguns momentos sabendo que estou sozinho
Os momentos que me sinto vivo
São ilusões com quem amei na vida com tanto ardor




















Quando troveja no céu, a luz me faz ver
Viver novamente aquele baile
Em que me senti fora do mundo
E agora que o mundo deixei
A escuridão vem
Volto a minha verdadeira realidade
A morte era meu modo de viver
E esse amor que atravessou minha carne
Inundando minha alma
Continua em minha essencia
E estou preso nesta terra
Arrastando correntes de lembranças
Mas não sei porque






















Minha amada já não tem mais vida
Lembro-me de quando seu amor me fez renascer
Quando eu menos pude imaginar
Infortúnios inimaginaveis ousaram me tirar
A vida que eu estava sentindo
Surgir em meu espírito, emergindo...

E com o choque de minha amada perder
Acho que meu corpo passou a crer
Que ele era inabitado, sem alma
Estou eternamente preso nesta noite calma
E por breve momentos
Sinto seus lábios tocarem os meus
Quando meia noite está escrito no céu
Quando encontro-me no breu
Posso sentir novamente o amor
Que foi minha respiração em vida
E em morte me amaldiçoou.
Deus, nao quero deixá-lo
Não posso sair...
Deixe-me dançar outra vez amanhã
Não deixe aquela noite ir
Me resta chorar agora
Até que mais séculos se passem
E tudo se for
Não me resta mais nada
Só me resta o amor...





















(White Wolf/ Renato Rocha)

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