Noite de festa no Castelo
O luar à noite fria se torna belo
Assistiamos o vidro abater gotas de chuva na janela
A melodia sinistra do piano
Contrastava com os gritos do trovão
E de repente ao meu redor
Entrando pelos meus olhos a visão que tive
De tudo acabado me fez percerber
Que há séculos meu corpo já deixou de viver
Sinto-me amaldiçoado, preso nesse sonho
Eternamente dançando com a única que me fez sentir amor
E em alguns momentos sabendo que estou sozinho
Os momentos que me sinto vivo
São ilusões com quem amei na vida com tanto ardor
Quando troveja no céu, a luz me faz ver
Viver novamente aquele baile
Em que me senti fora do mundo
E agora que o mundo deixei
A escuridão vem
Volto a minha verdadeira realidade
A morte era meu modo de viver
E esse amor que atravessou minha carne
Inundando minha alma
Continua em minha essencia
E estou preso nesta terra
Arrastando correntes de lembranças
Mas não sei porque
Minha amada já não tem mais vida
Lembro-me de quando seu amor me fez renascer
Quando eu menos pude imaginar
Infortúnios inimaginaveis ousaram me tirar
A vida que eu estava sentindo
Surgir em meu espírito, emergindo...
E com o choque de minha amada perder
Acho que meu corpo passou a crer
Que ele era inabitado, sem alma
Estou eternamente preso nesta noite calma
E por breve momentos
Sinto seus lábios tocarem os meus
Quando meia noite está escrito no céu
Quando encontro-me no breu
Posso sentir novamente o amor
Que foi minha respiração em vida
E em morte me amaldiçoou.
Deus, nao quero deixá-lo
Não posso sair...
Deixe-me dançar outra vez amanhã
Não deixe aquela noite ir
Me resta chorar agora
Até que mais séculos se passem
E tudo se for
Não me resta mais nada
Só me resta o amor...
(White Wolf/ Renato Rocha)
Assistiamos o vidro abater gotas de chuva na janela
A melodia sinistra do piano
Contrastava com os gritos do trovão
Convidei-a para dançar, ela aceitou
Dançávamos entre os outros quando...
Toda luz se apagou
Vimos brilhar novamente os relâmpagos
No horizonte cresceram mais intensos
E nos intervalos de claridade
Em uma valsa de luz e sombras
Sonho e realidade
Encontrei-me de repente sozinho
Entre ruínas dançando a melodia da noite
Abraçado com o frio
Procurei entre as pedras escuras minhas antigas companhias
Mas nenhuma delas encontrei
À Deus, a razão questionei
Lembrei-me que ela chorava
Memórias confusas invadiram minha mente
Chorava porque me amava
Mas nao podia comigo viver
Chorava e tinha medo de me fazer sofrer
E de repente ao meu redor
Entrando pelos meus olhos a visão que tive
De tudo acabado me fez percerber
Que há séculos meu corpo já deixou de viver
Sinto-me amaldiçoado, preso nesse sonho
Eternamente dançando com a única que me fez sentir amor
E em alguns momentos sabendo que estou sozinho
Os momentos que me sinto vivo
São ilusões com quem amei na vida com tanto ardor
Quando troveja no céu, a luz me faz ver
Viver novamente aquele baile
Em que me senti fora do mundo
E agora que o mundo deixei
A escuridão vem
Volto a minha verdadeira realidade
A morte era meu modo de viver
E esse amor que atravessou minha carne
Inundando minha alma
Continua em minha essencia
E estou preso nesta terra
Arrastando correntes de lembranças
Mas não sei porque
Minha amada já não tem mais vida
Lembro-me de quando seu amor me fez renascer
Quando eu menos pude imaginar
Infortúnios inimaginaveis ousaram me tirar
A vida que eu estava sentindo
Surgir em meu espírito, emergindo...
E com o choque de minha amada perder
Acho que meu corpo passou a crer
Que ele era inabitado, sem alma
Estou eternamente preso nesta noite calma
E por breve momentos
Sinto seus lábios tocarem os meus
Quando meia noite está escrito no céu
Quando encontro-me no breu
Posso sentir novamente o amor
Que foi minha respiração em vida
E em morte me amaldiçoou.
Deus, nao quero deixá-lo
Não posso sair...
Deixe-me dançar outra vez amanhã
Não deixe aquela noite ir
Me resta chorar agora
Até que mais séculos se passem
E tudo se for
Não me resta mais nada
Só me resta o amor...
(White Wolf/ Renato Rocha)
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