Ouça no Silencio...

Ouça no Silencio...
Os sussuros da Escuridão

Anjo...

A noite pousa sobre seus ombros
O silêncio embriaga seus sonhos
Durma bem meu anjo
Preciso levar sua alma
Para que ela conheça os vales
Onde para sempre irá habitar

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Meu Anjo

Perdão meu anjo

Pelo meu beijo que corrompeu

O que contaminava minha alma

De minha boca escorreu

Se esfriei teu coração
Perdão, meu anjo, perdão

Pelas sombras que te mostrei

O veneno que te dei

Por te trazer aqui














Apresentamos um mundo que

Sim é belo, mas apenas observe

É tentador o abismo

Tão doce o veludo negro, tão incríveis as sombras
Lindas dançarinas da escuridão

Mas que a sinfonia da lua

Que seus pés ao tocar, suaves, nuvens negras

Não te guiem para baixo do chão














Não caias meu anjo

Segure-se em mim e observe
Te roubarão as asas
Se não já o fizeram

E voamos com as minhas...

Por nossa queda esperam

Se reavesse as tuas?
O horizonte nos traríamos

Pensa no quão longe iríamos

Preciso saber se queres

Irei sorrir quando vieres














Então te estendo minha mão

E antes que meu pulso se rompa e meu sangue se esvaia

Segure-a e voaremos juntos

Eternamente apreciando teus olhos risonhos

Eternamente fazendo-te parte de sonhos

Então...te estendo a mão


















Não te vá meu anjo

Aqui agradaria teus cabelos para sempre,

Daqui posso ver seu sorriso

Eleva-te aos meus braços

Não querias ser feliz?
Aprendestes a amar a dor?
















Não deixa que invadam sua beleza

O negro e o frio

Vê em meu rosto o anseio por tua presença

Serei belo, de asas abertas te mostrarei mais mundos
Que estão acima de nós

Então quero te puxar pela mão

Mas te sinto escorrer pelos meus dedos

Não insista em dizer não

Como terra que cai cada vez que cavo

Fere-me te ver partindo















Não fique ai,

Procure o que existe dentro se sua alma

Já parou para olhar nos seus olhos?

Sei que dentro do seu coração

Alguma chama ainda dança

E se não encontrar nada,

Procure em meu olhar

Se renda a nossa esperança

Tentarei te trazer de volta

Custe o que custar

Darei parte da minha vida

Olhe para mim...


Ao nosso redor os que voam

Atiram-nos lanças

Puxam-me para longe de ti

Puxam-te para longe de mim

Esperam-nos cair

Ao nosso redor, pouco é verdadeiro

Veja apenas nossas almas

Faz de minha presença teu lar

Qualquer um te deixaria

Mas eu não

Nunca iria

Se me deixasse ficar

















Então me veja aqui te esperando

E saiba que te quero espero não te ver chorando

Abrace-me, meu lindo anjo





terça-feira, 13 de julho de 2010

Assombração

Noite de festa no Castelo

O luar à noite fria se torna belo
Assistiamos o vidro abater gotas de chuva na janela
A melodia sinistra do piano
Contrastava com os gritos do trovão














Convidei-a para dançar, ela aceitou

Dançávamos entre os outros quando...

Toda luz se apagou

Vimos brilhar novamente os relâmpagos

No horizonte cresceram mais intensos

E nos intervalos de claridade

Em uma valsa de luz e sombras

Sonho e realidade

Encontrei-me de repente sozinho

Entre ruínas dançando a melodia da noite

Abraçado com o frio














Procurei entre as pedras escuras minhas antigas companhias

Mas nenhuma delas encontrei

À Deus, a razão questionei

Lembrei-me que ela chorava

Memórias confusas invadiram minha mente

Chorava porque me amava

Mas nao podia comigo viver

Chorava e tinha medo de me fazer sofrer






















E de repente ao meu redor
Entrando pelos meus olhos a visão que tive
De tudo acabado me fez percerber
Que há séculos meu corpo já deixou de viver
Sinto-me amaldiçoado, preso nesse sonho
Eternamente dançando com a única que me fez sentir amor
E em alguns momentos sabendo que estou sozinho
Os momentos que me sinto vivo
São ilusões com quem amei na vida com tanto ardor




















Quando troveja no céu, a luz me faz ver
Viver novamente aquele baile
Em que me senti fora do mundo
E agora que o mundo deixei
A escuridão vem
Volto a minha verdadeira realidade
A morte era meu modo de viver
E esse amor que atravessou minha carne
Inundando minha alma
Continua em minha essencia
E estou preso nesta terra
Arrastando correntes de lembranças
Mas não sei porque






















Minha amada já não tem mais vida
Lembro-me de quando seu amor me fez renascer
Quando eu menos pude imaginar
Infortúnios inimaginaveis ousaram me tirar
A vida que eu estava sentindo
Surgir em meu espírito, emergindo...

E com o choque de minha amada perder
Acho que meu corpo passou a crer
Que ele era inabitado, sem alma
Estou eternamente preso nesta noite calma
E por breve momentos
Sinto seus lábios tocarem os meus
Quando meia noite está escrito no céu
Quando encontro-me no breu
Posso sentir novamente o amor
Que foi minha respiração em vida
E em morte me amaldiçoou.
Deus, nao quero deixá-lo
Não posso sair...
Deixe-me dançar outra vez amanhã
Não deixe aquela noite ir
Me resta chorar agora
Até que mais séculos se passem
E tudo se for
Não me resta mais nada
Só me resta o amor...





















(White Wolf/ Renato Rocha)

We Are The Fallen- Tear The World Down