Pelo rosto pálido
Como por mármore de túmulo
Escorreu minha alma
Ao escuro profundo
Perdeu-se entre espelhos
Na noite mais calma
Deitados no chão
Pela fria chuva
Perdeu-se entre beijos
Na valsa com a escuridão
Pelos ecos do trovão
Despetalada
Sepultada...
Perdeu-se minha alma
Na dança com a chuva
Que acortina-me do mundo
E as gotas que exalam
Sussurros dissolvidos
Ecoam ao fundo
O silêncio...
Denso, vivo
Apunhala
Há sombras na névoa
Estou sendo seguido?
entregue ao ébrio gélido...
Pela eterna maldita
Espiral cinza
Infinita
Sob o beijo azul da lua
Venenosa, insípida neblina
Engole meu rastro e fascina
Pelo inverno a vagar...
Ouça no Silencio...

Os sussuros da Escuridão
Anjo...
A noite pousa sobre seus ombros
O silêncio embriaga seus sonhos
Durma bem meu anjo
Preciso levar sua alma
Para que ela conheça os vales
Onde para sempre irá habitar
O silêncio embriaga seus sonhos
Durma bem meu anjo
Preciso levar sua alma
Para que ela conheça os vales
Onde para sempre irá habitar
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Sete Palmos
Há no céu uma ruina
Um coração partido derrama
Seu brilho morto de porcelana
Como um vaso quebrado
Doce vinho obscuro
O dia ja foi sepultado
Se espalha pelas estrelas
Absinto negro
Um lindo véu preto
O silencio fatal

Há no céu uma ruina
Nos jardins da neblina
No vazio a caminhar
Eternamente partindo
Aonde a estrada levar
Aonde os pesadelos já nao ecoam
As horas nao voam
Ja puseram-se a não contar

Nos oceanos um coro
Ecoa no vazio
No rastro o fantasma de um choro
Que quase me foi de matar
O som das ondas...
O baile das sombras
Já não respiro mais
Sem precisar mentir
A máscara se desfaz
Como pó ao vento
Um fantasma do tempo...
Sete palmos
Um coração partido derrama
Seu brilho morto de porcelana
Como um vaso quebrado
Doce vinho obscuro
O dia ja foi sepultado
Se espalha pelas estrelas
Absinto negro
Um lindo véu preto
O silencio fatal

Há no céu uma ruina
Nos jardins da neblina
No vazio a caminhar
Eternamente partindo
Aonde a estrada levar
Aonde os pesadelos já nao ecoam
As horas nao voam
Ja puseram-se a não contar

Nos oceanos um coro
Ecoa no vazio
No rastro o fantasma de um choro
Que quase me foi de matar
O som das ondas...
O baile das sombras
Já não respiro mais
Sem precisar mentir
A máscara se desfaz
Como pó ao vento
Um fantasma do tempo...
Sete palmos

terça-feira, 29 de março de 2011
O Piano

O Piano e a grama
Ela morta, parada
Ele calado silenciado
Pelo tempo o coração de pedra
Imóvel testemunha, cabisbaixo
Das passagens do sol gentil do outono
Inúmeras...
Viu os contos da lua branca pura
Tantos foram
Os passos de suas sombras
Escalando e escorrendo nas paredes
Quantas eras
Em páginas caídas
Repousam no mofo
Paredes ruidas

Beijado, coberto pelo manto de poeira
Que os ventos da noite trazem das estrelas
Embalando o sono
Da melodia tocada
Enterrada
Suspira
E rasga com as notas tristes
Como as gotas da chuva
As cortinas fechadas
Fluindo calma
Envenena e adormece...
Envolve como a mortalha
Alisa com os dedos
O outro lado do véu
Tecido pelas voltas do ponteiro
Cobrindo o que há
Mais alto que as estrelas no céu

sexta-feira, 18 de março de 2011
Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos
As mãos frias da eternidade
Velando contos como o coração sob o peito enterrado
Entre o frio que vaga o labirinto enluarado
Os dedos de pedra
O musgo e as rosas
O silêncio das prosas
De um tempo passado
A contra-capa que sela
O passado por trás de um véu
Sob os sete degraus até o céu
O anjo que dorme ou aponta

Quantos sorrisos, paixões
Quantos atos, reflexões
Quantos finais, funerais
Histórias e memórias
Quantos poemas escritos
Perdas... vitórias
Quantos passos dados
Caminhos ceifados
Páginas e palavras ditas e bem guardadas
Sonhos ainda sendo sonhados
Quantas cruzes, quantas páginas amareladas

Quanto tempo perdido coraçoes partidos
Todos mortos
Tanto vinho
À noite
Ao lobo que uiva
Aos fantasmas no caminho
Velando contos como o coração sob o peito enterrado
Entre o frio que vaga o labirinto enluarado
Os dedos de pedra
O musgo e as rosas
O silêncio das prosas
De um tempo passado
A contra-capa que sela
O passado por trás de um véu
Sob os sete degraus até o céu
O anjo que dorme ou aponta

Quantos sorrisos, paixões
Quantos atos, reflexões
Quantos finais, funerais
Histórias e memórias
Quantos poemas escritos
Perdas... vitórias
Quantos passos dados
Caminhos ceifados
Páginas e palavras ditas e bem guardadas
Sonhos ainda sendo sonhados
Quantas cruzes, quantas páginas amareladas

Quanto tempo perdido coraçoes partidos
Todos mortos
Tanto vinho
À noite
Ao lobo que uiva
Aos fantasmas no caminho
terça-feira, 8 de março de 2011
A quem pertence o mundo
Há quem fale de anjos no céu
Há quem os veja sem asas pisando no chão
Sendo como os longos cabelos cobrindo os horizontes
E o brilho da lua como o olhar de uma mulher
Delicadas como a posição das estrelas
Que seu perfume corra no vento
Parabéns mulher pelo que tu és
Como na barra de um vestido
O lugar do mundo é aos teus pés.

Tendo os cabelos dourados como o entardecer
Ou negros como a meia noite doce
Vermelhos como uma maçã
Os olhos verdes como as matas
Azuis como o céu da manhã
O veneno nos lábios
Doma as mais brutas das feras
E as põe para sonhar
De onde vem as mais belas liçoes
Quando o assunto é amar


Quem nos ensinou a paixão
Quem nos faz ou fazemos chorar
Inspirando o mais belo negócio do mundo
A troca de coraçoes
E bastando um tom de voz
Surgindo a mais bela das cançoes
Delicadas como os espelhos em um lago
Tempestades como as do furioso mar

E o que seria desta terra
Sem tais anjos a caminhar?
Do que mais tudo precisa?
Se não um toque feminino em todo lugar
E quem sabe de quantas linhas iria
O melhor poeta precisar
Ou quantas palavras inventar
Para conseguir ou chegar perto se quer
De descrever uma mulher

Há quem os veja sem asas pisando no chão
Sendo como os longos cabelos cobrindo os horizontes
E o brilho da lua como o olhar de uma mulher
Delicadas como a posição das estrelas
Que seu perfume corra no vento
Parabéns mulher pelo que tu és
Como na barra de um vestido
O lugar do mundo é aos teus pés.

Tendo os cabelos dourados como o entardecer
Ou negros como a meia noite doce
Vermelhos como uma maçã
Os olhos verdes como as matas
Azuis como o céu da manhã
O veneno nos lábios
Doma as mais brutas das feras
E as põe para sonhar
De onde vem as mais belas liçoes
Quando o assunto é amar


Quem nos ensinou a paixão
Quem nos faz ou fazemos chorar
Inspirando o mais belo negócio do mundo
A troca de coraçoes
E bastando um tom de voz
Surgindo a mais bela das cançoes
Delicadas como os espelhos em um lago
Tempestades como as do furioso mar

E o que seria desta terra
Sem tais anjos a caminhar?
Do que mais tudo precisa?
Se não um toque feminino em todo lugar
E quem sabe de quantas linhas iria
O melhor poeta precisar
Ou quantas palavras inventar
Para conseguir ou chegar perto se quer
De descrever uma mulher

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